12 Fevereiro 2018Austrália
  • A companhia desenha e instala uma microrrede elétrica de última geração no campus da Universidade de Monash, a maior da Austrália, para garantir sua sustentabilidade e eficiência energética
  • A microrrede está baseada na InGrid Active Grid Management (AGM), a plataforma IoT desenvolvida pela Indra, que permite equilibrar, de forma automática, a geração, operação e demanda, reduzindo os custos e melhorando a confiabilidade do sistema elétrico
  • O projeto faz parte do objetivo da universidade de conseguir zero emissões líquidas em 2030 e incorpora um watt de capacidade de geração solar nos telhados, que será ampliado a outros três no final de 2018

A Indra, uma das principais empresas globais de consultoria e tecnologia, e a Universidade de Monash, a maior da Austrália, anunciaram a finalização do teste de conceito (PoC) do projeto de construção de uma microrrede elétrica no campus de Clayton (Melbourne) como base do desenvolvimento de um modelo de geração e consumo baseado na sustentabilidade e eficiência. 

Esta rede será gerida pela InGrid Active Grid Managment (AGM), a solução Internet of Things desenvolvida pela Indra para facilitar a operação dinâmica, proativa, distribuída e inteligente das redes de média e baixa tensão. A PoC permitiu certificar o funcionamento da plataforma, que já está coletando dados em tempo real a partir dos ativos de rede, além de validar sua capacidade para enviar ordens de controle em frações de segundo.  Os especialistas da Indra preveem que em 2020 a universidade já gere sete Gigawatts/hora de eletricidade, suficientes para abastecer 1.000 lares ao longo de um ano.

O projeto é uma das ações que fazem parte do objetivo da Universidade de Monash de alcançar zero emissões líquidas para 2030 (Programa Net Cero), concebido para eliminar completamente a dependência dos combustíveis fósseis. “A iniciativa da Monash está mostrando como uma rede alimentada por fontes de energia renováveis pode agregar maior segurança na operação e ser mais eficiente à ação conjunta dos recursos energéticos distribuídos”, afirma Giovanni Polizzi, gerente de soluções energéticas da Indra, na Austrália. “A consequência direta é uma maior capacidade para integrar esses recursos em uma rede muito mais descarbonizada, o que significa uma energia mais acessível para o cliente final”.

A fim de conseguir o objetivo de zero emissões, a universidade comprometeu-se a investir 135 milhões de dólares na transformação energética durante os próximos 13 anos.  Isto abrangerá medidas de eficiência energética, como a iluminação LED, a eletrificação do campus, as energias renováveis in situ e os acordos de compra de energia renovável externa. As economias energéticas resultantes serão traduzidas em uma redução considerável dos custos que, conforme os cálculos, será de 15 milhões ao ano no exercício de 2028.

“A microrrede é um elemento essencial para alcançar este objetivo, pois ajuda a universidade a controlar de forma precisa quando e como se utiliza a energia em todo o campus”, explica Polizzi.  “A Indra se alegra em ser sócio tecnológico principal nesta importante iniciativa”.

Menos custos e mais confiável no fornecimento

A solução InGRID AGM da Indra facilita o monitoramento e o controle direto com uma visão integral das redes de mídia e baixa tensão, bem como a integração eficiente dos sistemas de autoconsumo dos clientes e os recursos energéticos distribuídos, como a geração renovável, armazenamento de energia, plantas de geração virtuais ou veículo elétrico. Permite, assim, que geradores, operadores e consumidores troquem serviços em tempo real, de forma que se equilibre automaticamente a geração e a demanda de forma mais eficiente, reduzindo os custos gerais do sistema elétrico e melhorando sua confiabilidade.

Esta plataforma controla todos os ativos e processa os dados necessários para realizar as operações da rede por meio de nós de processamento inteligente (node#1) da Indra baseados na família de processadores Intel®Atom e um motor de análise centralizado de dados e cálculo de parâmetros em tempo real sobre a qualidade de fornecimento. Além disso, os nós compartilham informação graças à iSPEED, a solução da Indra que facilita a interoperabilidade que, além disso, permite a conexão a uma grande variedade de ativos.

Conforme a Associação de Redes Energéticas (ENA) da Austrália, “a inteligência distribuída, a análise de dados em tempo real das redes de média e baixa tensão e a abertura para a tecnologia de terceiros, que agrega a solução da Indra, não têm concorrente tecnicamente maduro no mercado da Austrália e é possível que nem no mercado internacional”.

“O apoio da ENA à InGRID AGM dá à Universidade de Monash a confiança que esta necessitava para empreender este importante projeto de transformação com um sócio internacional”, declara Tony Fullelove, diretor do Programa Net Cero da Universidade de Monash. “Em menos de três meses, a Indra e a Monash instalaram uma plataforma totalmente operacional, capaz de recuperar dados de medições em instalações fotovoltaicas solares, transformadores, distribuição e sistemas inteligentes de gestão de edifícios, bem como de enviar ordens a todos eles em somente uma fração de segundo”.

As seguintes fases de desenvolvimento de microrrede incluem objetivos como o aumento do controle na manutenção preditiva de ativos, a criação de um mercado peer-to-peer (mercado energético transacional) e o estudo de novos cenários de atuação em colaboração com diversos fornecedores de serviços para redes de distribuição (DNSP).

Fullelove adiciona que “ao gerenciar as demandas energéticas do campus de Clayton e proporcionar serviços auxiliares à rede elétrica da região de Victoria, a microrrede da Monash proporciona um exemplo prático da forma na qual a Austrália possa manter um sistema energético acessível e sólido, sobretudo durante períodos de máximo consumo e em condições climatológicas extremas e, além disso, permite que os poderes públicos passem para uma economia com baixas emissões de carbono”.

A Monash é a maior universidade da Austrália e uma das de maior prestígio em todo o mundo. Faz parte, inclusive, do “Grupo das 8”, associação que inclui a elite das universidades de I+D intensivo. Conta com mais de 70.000 estudantes, dos quais cerca de 10.00 encontram-se em suas sedes internacionais na China, Itália, Malásia, Indonésia e África do Sul.

Além do projeto da Austrália, a Indra está desenvolvendo pilotos da InGRID AGM na Europa, América Latina e Ásia. Entre outros, esta solução já está monitorando os níveis de média e baixa tensão da rede da Irlanda e Filipinas.  

Sobre a Indra

A Indra é uma das principais companhias globais de tecnologia e consultoria e o sócio tecnológico para as operações-chave dos negócios de seus clientes em todo o mundo. É um fornecedor líder mundial de soluções próprias em segmentos específicos dos mercados de transporte e defesa e a empresa líder em tecnologias da informação na Espanha e América Latina. Possui uma oferta integral de soluções próprias e serviços avançados e de alto valor agregado em tecnologia, que combina com uma cultura única de confiabilidade, flexibilidade e adaptação às necessidades dos seus clientes. A Indra é líder mundial no desenvolvimento de soluções tecnológicas integrais em campos como Defesa e Segurança; Transporte e Tráfego; Energia e Indústria; Telecomunicações e Mídia; Serviços Financeiros; Processos Eleitorais; e Administrações Públicas e Saúde. Por meio da sua unidade Minsait, a Indra responde aos desafios que a transformação digital desenvolve. No exercício de 2016, a Indra teve entradas de2,7 bilhões de euros, 34.000 funcionários, presença local em 46 países e operações comerciais em mais de 140 países. Após a aquisição da Tecnocom, a Indra soma entradas conjuntas de mais de 3,2 bilhões de euros em 2016 e uma equipe de cerca de 40.000 profissionais.

Compartilhar