19 Setembro 2017Espanha
  • O desenvolvimento faz parte da Civil UAVs Iniciativa, o projeto com a qual a Xunta da Galícia está promovendo o setor das plataformas não tripuladas com aplicações civis na Europa. O objetivo, melhorar os serviços que a Administração presta ao cidadão em âmbitos como a gestão de emergências, busca e resgate, vigilância marítima, gestão do território ou controle do meio-ambiente.
  • A nave é pilotada de forma remota e envia em tempo real os dados do radar e as imagens recolhidas pelos seus sensores.
  • A primeira fase de desenvolvimento exigiu a colaboração da Universidade de Vigo, o Centro Tecnológico de Telecomunicação da Galícia (Gradiant) e uma dezena de empresas locais. Esta colaboração se ampliará a outras empresas galegas que realizarão trabalhos com uma crescente componente tecnológica
Embarcação não tripulada

A Indra realizou nesta manhã nas proximidades da enseada de Rande, na Ría de Vigo, uma primeira demonstração das capacidades do protótipo de embarcação opcionalmente tripulada que está desenvolvendo dentro do projeto Civil UAVs Initiative promovido pela Xunta de Galícia. O sistema foi desenhado para cobrir missões de busca e resgate; vigilância de portos, parques marítimos, e instalações marinhas; controle aduaneiro; e pesquisa ambiental.

A demonstração contou com a presença do Conselheiro de Economia, Emprego e Indústria da Xunta da Galícia, Francisco Conde, e a diretora da Axencia Galega de Innovación (Gain), Patricia Argerey, que estiveram acompanhados pelo Diretor Geral da Indra, José Manuel Pérez-Pujazón.

O protótipo de USV (Unmanned Surface Vehicle) é uma embarcação de 7,3 metros de comprimento por 2,6 de largura e propulsão waterjet que alcança uma velocidade de 35 nós. O sistema foi operado de forma remota a partir de uma estação de controle posicionada em terra, que recebeu os dados recolhidos pelos seus sensores, enquanto o avião de vigilância marítima P2006T MRI supervisionou a missão a partir do ar, enviando também imagens.

A embarcação, que opcionalmente pode ir tripulada por até duas pessoas, incorpora uma propulsão controlada com uma conexão de rádio em linha visual e um sistema com o qual poderá implementar de forma autônoma um robô submarino. Com o exercício realizado hoje, se encerra com êxito a primeira fase de desenvolvimento do USV.

Para realizar os trabalhos desta parte do projeto, a Indra promoveu a criação de Seadrone, uma empresa de engenharia especializada que fixou sua sede em Vigo. Também exigiu a contratação de trabalhos com uma dezena de empresas locais do setor, entre as quais se destaca Marine Instruments, e colaborou com a Universidade de vigo e o Centro Tecnológico de Telecomunicações da Galícia (Gadiant)

Nas seguintes fases do desenvolvimento, a Indra ampliará sua colaboração a um maior número de empresas galegas em campos de atividade que exigirão um investimento tecnológico crescente. Algumas destas áreas abrangem desde o desenho e fabricação de cargas de alto grau de qualidade, até o desenvolvimento e fornecimento de sistemas de comunicações, de propulsão, eletrônica naval e sistemas de automatização.

O USV da Indra é um sistema pioneiro adaptado as necessidades da Xunta de Galicia e as particularidades da zona marítima galega. O projeto contribuirá para colocar estaleiros e indústria auxiliar naval galega em primeira linha neste novo setor.

O grande número de missões que poderão cobrir representa sua melhor garantia de êxito comercial. Apoiará trabalhos de busca, resgate, e salvamento marítimo; luta contra incêndios no mar; vigilância, manutenção de portos, instalações offshore e parques eólicos marinhos; vigilância aduaneira, pesqueiras e de proteção ambiental; pesquisa oceanográfica; apoio aos trabalhos de aquicultura; e controle de patrimônio histórico, entre outras.

Um USV polivalente com as mais elevadas capacidades

Nas seguintes fases de desenvolvimento, Indra abordará a integração do veículo submergível (ROV), que estará unido ao USV mediante um cabo umbilical que permitirá seu controle e a recepção de dados. Também proporcionará a embarcação de uma propulsão elétrica alternativa, que permitirá navegar em baixa velocidade.

Também, se integrará no USV um sonar de varredura lateral rebocado e um sistema de captação de vídeo para a estimativa de biomassa, busca de corpos submersos, detecção de derrames de hidrocarbonetos e detecção de naufrágios.

A Indra avaliará a possibilidade de integrar no USV um multicóptero cativo, que voará sobre a embarcação com um sensor ótico para ampliar seu alcance visual e que poderá atuar como repetidor de comunicações. Também se estudará a possibilidade de dotar a embarcação com um patim para convertê-la em Trimaran.

O protótipo seguinte, cuja construção começa agora, será uma embarcação ligeiramente mais pesada, de maior comprimento e menor relação comprimento/largura para aumentar sua estabilidade e poder instalar um canhão d’água contra incêndios. Seu duplo sistema de propulsão lhe dará maior autonomia e capacidade para alcançar a velocidade de 45 nós.

As estimativas para o mercado global de Veículos de Superfície não Tripulados (USV) sinalizam que dobrará seu faturamento nos próximos anos, passando dos 437,57 milhões de dólares registrados em 2016 em todo o mundo, aos 861,37 milhões esperados para 2021.

Estas plataformas desempenham um papel cada vez mais importante para cobrir tarefas que exigem acesso a áreas perigosas e altas capacidades de vigilância, identificação e intercepção. A sua elevada autonomia e tempo que podem permanecer na área monitorada as tornam as soluções mais eficientes e de menor custo.

Civil UAVs Initiative

O desenvolvimento do USV faz parte da Civil UAVs Initiative, o projeto de desenvolvimento de UAVs civis mais inovador colocado em prática na Europa e com o qual a Xunta de Galicia quer tornar esta Comunidade peça-chave no desenvolvimento deste tipo de tecnologia. As empresas Indra e Babcock foram escolhidas em 2016 para liderar a primeira fase da iniciativa, dotada de um investimento total de 115 milhões de euros, das quais 40 milhões correspondem a fundos contribuídos pela Xunta e 75 milhões a ativos e investimentos de ambas empresas. A segunda fase da iniciativa corresponde a uma Compra Inovadora de 24 milhões de euros a ser realizada pela Xunta de Galícia e que eleva o investimento total da Iniciativa Civil de UVA a 150 milhões de euros.

Sobre a Indra

Indra é uma das principais companhias globais de consultoria e tecnologia, a empresa líder em tecnologias da Informação na Espanha e o parceiro tecnológico para as operações chave dos negócios de seus clientes em todo o mundo. Dispõe de uma oferta integral de soluções próprias e serviços avançados e de alto valor agregado em tecnologia, que combina com uma cultura única de confiabilidade, flexibilidade e adaptação às necessidades de seus clientes. Indra é líder mundial no desenvolvimento de soluções tecnológicas integrais em campos como Defesa e Segurança; Transporte e Tráfego; Energia e Indústria; Telecomunicações e Média; Serviços Financeiros; Processos Eleitorais; e Administração Pública e Saúde. Por meio da sua unidade Minsait, Indra dá resposta aos desafios da transformação digital. No exercício de 2016, a Indra teve receita de 2.709 milhões de euros, 34.000 empregados, presença local em 46 países e operações comerciais em mais de 140 países. Além da aquisição da Tecnocom. Indra soma uma receita conjunta de mais de 3.200 milhões de euros em 2016 e uma equipe de cerca de 40.000 profissionais.

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